deldebbio
| 15 de outubro de 2008
Antes
de explicar sobre a construção e disposição dos círculos propriamente ditos,
vamos começar sobre as chamadas “Linhas de Ley”. Apesar de conhecidas pelos
chineses e hindus (e, por que não dizer, atlantes e lemurianos) por milênios, o
primeiro ocidental a estudar e teorizar as linhas energéticas que passam pela
superfície do planeta foi o matemático Pitágoras, aproximadamente em 500 AC,
mas estas linhas só foram mesmo popularizadas em 1921, por Alfred Watkins.
Desnecessário dizer que sua teoria foi ridicularizada e desprezada pelas otoridades.
As linhas de Ley, como vocês perceberão, é uma teoria que explica muito bem a imensa quantidade de eventos “inexplicáveis” ao redor do mundo, incluindo o Triângulo das Bermudas, Pirâmides, Áreas mortas, aparições de OVNIs e outras regiões de fenômenos magnéticos estranhos.
A mais
antiga evidência a respeito de pesquisadores das linhas de Ley encontra-se no
Ashmolean Museum of Oxford, que tive o prazer de visitar pessoalmente em 1989.
Nele estão expostas um conjunto de 5 pedras mais ou menos do tamanho de um
punho, esculpidas em 1400 AC, que representam precisamente os sólidos de Platão
descritos no Timeus (que só seriam estudados oficialmente mil anos depois, na
Grécia segundo as otoridades). Apesar destas estruturas serem
extremamente delicadas e precisas, oficialmente, estas pedras são consideradas
“projéteis de algum tipo não definido de boleadeira”.
No
British Museum também estão em exposição esferas de metal (de ouro e bronze)
vietnamitas com respectivamente 20 e 12 pontos, que se encaixam e rolam umas
sobre as outras, marcando uma combinação de 62 pontos e 15 círculos. Estas
esferas possuem cerca de 2.500 anos de idade. Apesar destas esferas servirem
como objeto de estudo dos sólidos de Platão e da combinação de pontos dentro de
uma superfície esférica, oficialmente elas são “objetos de uso religioso não
especificado”.
Combinando os dois principais sólidos de Platão, temos
uma grade composta de 120 triângulos como a figura ao lado. Esta esfera
metálica vazada foi encontrada por arqueólogos em ruínas na cidade de Knossos
(durante a Idade Média, diversas imagens como esta apareciam em textos de
alquimia e ela era chamada de “Esfera Celestial” por eles). Sua função era ser
deixada ao sol para estudos da projeção das sombras sobre a esfera central. Com
isto, os gregos (e egípcios e posteriormente os pitagóricos, alquimistas e
templários) conseguiram medidas precisas de distâncias no planeta, que só foram
igualadas em precisão neste século, com os mapeamentos por satélite.
Oficialmente, este é uma “esfera ornamental, de função desconhecida”.
Mas
vamos direto para as Linhas de Ley. Como todos nós sabemos, os sólidos de
Platão são 5 (tetraedro, cubo, octaedro, dodecaedro e icosaedro). Pense nos
dados de RPG. Porque apenas cinco? A resposta está nos cinco elementos do
pentagrama usado na magia. Estes elementos estão também relacionados com
sólidos geométricos, além das cores e símbolos tradicionais. Então temos: Fogo
= tetraedro, Terra = cubo, Ar = octaedro, Água = Icosaedro e Espírito ou Prana
= Dodecaedro. As Escolas Pitagóricas reuniram todos os sólidos dentro de uma
única esfera e o resultado foi um mapa de linhas formado por 120 grandes
círculos e 4.862 pontos. Como na figura abaixo.
Os
estudos de Platão ecoam os ensinamentos de Pitágoras a respeito da projeção do
infinito sobre o finito e servem para demarcar os pontos energéticos de maior
intensidade na superfície do planeta, da mesma maneira que as linhas
energéticas marcam os pontos principais da acupuntura em um corpo humano.
Repetindo: “As above, so Below” (Tudo o que está em cima é igual ao que está
em baixo).
Eminentes
cientistas, como Sir
Joseph Norman Lockyer, estudaram a superfície do planeta e sobrepuseram as
chamadas Linhas de Ley com grandes monumentos do passado, como as Pirâmides, os
principais círculos de pedra e outros eventos “inexplicáveis” e chegaram a
“coincidências” absurdas. Cidades como o Cairo, com 6.000 anos de idade, foram
projetadas (sim, você leu direito: projetadas) de maneira harmoniosa com as
linhas energéticas do planeta. Londres, Paris, Berlin, Moscou, Washington,
Brasília (ok, Washington e Brasília são cidades novas, mas seus projetistas
sabiam o que estavam fazendo – olhe direito a planta de Brasília… aquilo é
mesmo um avião ou poderia ser um compasso?).
Graças a este conhecimento oculto, mapas medievais até hoje inexplicados mostram a América, Austrália e Antártida com formas quase perfeitas, condizentes com descobertas feitas séculos depois. Exemplos são o Mapa de Piri Ibn Haji (copiado de um mapa que estava na Biblioteca de Alexandria, com a descrição da América) e o mapa de Calopodio (1537, descrevendo a Antártida). Estes mapas eram mais precisos do que mapas feitos até a década de 60 ou 70.
Com
base nestas linhas, mapas da Atlântida e de Lemúria também puderam ser traçados
muitos séculos antes que os cientistas sequer começassem a discutir “placas
tectônicas”. O pesquisador e cientista Sir James
Churchward publicou, em 1972, um trabalho intitulado “The Twelve
Devil´s Graveyard around the world”, onde localizava os doze locais onde
ocorriam o maior número de acidentes e desaparecimentos de barcos e aviões no
planeta. Durante anos, ele compilou relatórios da marinha de vários países,
chegando aos doze pontos críticos (entre eles, o famigerado Triângulo das
Bermudas). Quando os estudiosos compararam estes pontos com o modelo esférico
de Platão/Pitágoras, “coincidentemente” chegaram aos pontos principais do
icosaedro projetado no Planeta (que “coincidentemente” é o elemento Água na
geometria pitagórica).
Cruzando
outros pontos na grande esfera temos pirâmides ao redor do planeta (uma na
Amazônia, inclusive… porque será que os americanos estão tão preocupados com a
Amazônia agora? Vejam a briga que está no congresso, com esta proposta de lei
para privatizar partes da floresta… que terrenos exatamente vão cair nas mãos
de multinacionais americanas?), caminhos que as aves migratórias seguem,
avistamentos de UFOs, locais sagrados, Catedrais, Círculos de Pedra e por ai
vai. Escolha um local bizarro ou inexplicável do estilo “acredite se quiser” e
coloque-o sobre o mapa-mundi. Ele estará sobre ou muito próximo de um ponto
destes.
Se
quisermos brincar um pouco mais, basta pegar cidades importantes do ponto de
vista religioso ou político, como Kiev, Roma, Constantinopla, Jerusalém, Meca,
Karthoum (cidade mais importante do antigo Sudão), Ile Ife (cidade mais
importante para os antigos Yorubás) e as ruínas do Grande Zimbabwe e
perceberemos que elas se encaixam em um padrão peculiar (os pontos que estão
faltando são sítios arqueológicos que foram centros religiosos em um passado
distante). Quem já está familiarizado com a Kabbalah vai achar no mínimo
intrigante esta “coincidência”. Podem, inclusive reparar que Jerusalém está
sobre a sephira Da´ath (ok, eu sei que a maioria não vai entender essa… )
Na
Europa não é diferente. Se conectarmos todas as linhas básicas descritas por
Platão e Pitágoras, os cruzamentos principais destas linhas cairão em cidades
importantes como Oxford, Rotterdan, Berlin, Chartres, Altamira, Barcelona,
Frankfurt, Córdoba, Hamburgo, Lourdes, Roma, Atenas, Delfos e trocentas outras.
Cidades que surgiram ao redor de oráculos, círculos de pedra (que foram
substituídos por catedrais por causa da Igreja Católica e ai entra a
importância dos pedreiros livres para a preservação desta geometria sagrada) ou
monumentos antigos.
Agora… por que TODOS os oráculos gregos, círculos de pedra e pirâmides estão localizados sobre estes nodos? Que relação temos entre “comunicação com os deuses”, “centros religiosos”, “eventos bizarros” e as linhas de Ley? Coincidências? 4.862 coincidências então.
E estas
linhas e pontos podem ser divididos múltiplas vezes, em grades menores, até
chegar a parcelas bem pequenas, suficientes para envolver quarteirões ou mesmo
casas. Os chineses, gregos, egípcios e os antigos já conheciam a respeito
destas linhas e chamam isso de Feng Shui/Geometria sagrada (mas esqueçam estas
coisas estranhas que aparecem nas revistinhas de decoração hoje em dia, estou
falando da ciência por trás do Feng Shui, algo que definitivamente não vai cair
nas mãos das massas tão cedo).
Todo mundo conhece locais na sua cidade ou bairro onde não importa que tipo de negócio se abra, ele sempre quebra, lugares onde qualquer loja que se estabeleça será um sucesso, locais onde você se sente mal sem saber por que ou lugares onde você se sente bem sem explicação racional. O estudo sério destas linhas energéticas poderia trazer benefícios enormes para a humanidade, definindo locais melhores e mais adequados para se construir hospitais, escolas, presídios, estabelecer plantações, parques, áreas residenciais e assim por diante.
A moral
é: Feng Shui tem fundamento científico? SIM. Ele funciona do jeito que as
revistinhas e livros pregam? NÃO. Portanto, temos de dar um pouco de razão aos
céticos que xingam essas coisas porque eles estão parcialmente certos: tem
muita besteira e chute sem fundamento publicado por ai, infelizmente. Mas o
estudo sério destas energias (digo, algo patrocinado por universidades e
conduzido de maneira séria e laboratorial, envolvendo geólogos, físicos e
pesquisadores) seria algo muito interessante.
Bom…
sabemos que as linhas energéticas estão ai. A questão é: como aproveita-las?
Os antigos sabiam.
Temet
Nosce, crianças.
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