Perguntem às pessoas o que pensam sobre os UFOs/OVNIs, e podem ter a certeza
que vão obter opiniões que abrangem todos os extremos e tonalidades. Alguns
ficam tão embaraçados com o tema que, simplesmente, recusam-se a considerar
qualquer evidência, seja ela qual for, como o Papa recusou observar através do
telescópio de Galileu. Outros afirmam que não só os extraterrestres estão aqui,
mas que eles têm um conhecimento interior preciso de tudo o que isso engloba.
Entre estes dois extremos existe uma variedade ilimitada.
Passa-se o mesmo sobre a maneira como abordamos o assunto. Alguns lêem livros sobre UFOs/OVNIs apenas por diversão, como uma novela misteriosa ou uma história arrepiante. Outros estão mais interessados na evidência científica, tal como em análises de fotografias, vídeos ou amostras de materiais. Ainda há outros que preferem caminhos hipotéticos, como teorias sobre a semelhança da vida, algures no Universo, ou como podia funcionar um sistema avançado de propulsão. Também há uma grande quantidade de estudos especializados, que vão desde as abduções, aos 'crop circles' = ‘círculos de colheitas’, mutilações de animais e mais assuntos. Ou podem focar-se nos que acreditam e nas testemunhas, estudando os UFOs/OVNIs como sendo um elemento da cultura popular, ou segundo uma perspectiva psico-social.
Outra maneira, é a abordagem histórica. Apesar de tudo, há documentos UFO que qualquer pessoa pode ler. O que é que dizem? Esses documentos podem dizer-nos se as autoridades governamentais ou militares estiveram sempre interessadas neste fenómeno? Em caso afirmativo, porquê?
Admitimos que esta abordagem pode não ser tão válida como sujeitar um pedaço de um disco voador a testes de laboratório. Mas claro que seria importante, se o governo tivesse documentos que demonstrassem que os UFOs/OVNIs são verdadeiramente uma coisa extraordinária, e mesmo, possivelmente, extraterrestre. Especialmente por ter dito ao público o oposto, durante muitos anos. Uma vez que em muitos círculos, acreditar em UFOs/OVNIs é, praticamente, um suicídio profissional, o que é que significaria se descobríssemos que, durante anos, dentro do mundo dos assuntos secretos/classificados, as pessoas tivessem levado este assunto a sério?
Acontece que realmente o consideraram seriamente. E consideram.
Durante muitos anos foi difícil obter documentos governamentais desclassificados, sobre UFOs/OVNIs. Durante as décadas de 1950 e 1970, alguns documentos ficaram acessíveis ao resto do mundo, mas foi raro. Depois, em 1974, o Governo dos EUA decretou o Freedom of Information Act (FOIA)= Lei da Liberdade da Informação. O resultado foi uma verdadeira idade dourada de libertação de documentos que durou, aproximadamente, até surgir a Ordem do Executivo, do Presidente Reagan, em 1982. Se bem que os documentos sobre UFOs/OVNIs continuem a ser libertados, parece improvável uma repetição da Grande Inundação dos anos setenta.
Os documentos secretos que foram desclassificados sobre UFOs/OVNIs parecem muito curiosos, mas a maioria não fornece nenhuma evidência sobre extraterrestres e alguns deles não são assim tão interessantes. Mas alguns são muito interessantes. Quer provem que os UFOs/OVNIs são extraterrestres ou algo completamente diferente, esses documentos esclarecem que este assunto foi tomado muito a sério pelas autoridades superiores e têm estado sujeitos a grande sigilo.
Considerar quão marginalizado foi este assunto da cultura convencional e fazer o ponto da situação, é suficiente para um dia de trabalho. Há sempre águas mais profundas onde nadar, mas por agora, vamos ficar junto à costa e observar alguns desses documentos. Mesmo que muitos deles sejam bem conhecidos dos pesquisadores de UFOs/OVNIs, continuam a permanecer quase completamente desconhecidos do público em geral. É notório que, algumas coisas são tão óbvias que se tornam invisíveis.
1.O Memorando de Twining, de 1947.
Por alguma razão, este é um dos documentos mais importantes sobre UFOs/OVNIs que temos. Em 23 de Setembro de 1947, precisamente no princípio da era “moderna” dos UFOs/OVNIs, o General Nathan Twining, Comandante Chefe do Material Aéreo dos Estados Unidos (AMC), escreveu uma carta classificada/secreta ao General da Força Aérea, Jorge Schulgen, a respeito de “discos voadores”. Disse que os objectos eram reais e que não eram visões ou algo fictício. Possivelmente podiam ser fenómenos naturais, como meteoros. Mas:
“…. As características relatadas sobre a maneira de manobrar a velocidades de subida extremas, a facilidade de manobra (particularmente de rolar) e de acção, que pode ser considerada evasiva quando são avistados... torna credível a possibilidade de alguns desses objectos serem controlados manual, automática ou remotamente.”
Twining descreveu uma lista de várias descrições comuns de UFOs/OVNIs. Geralmente eram silenciosos, tinham uma superfície metálica ou reflectora de luz, não deixavam rasto, eram de forma circular ou elíptica e, muitas vezes, eram planos na parte interior. Muitas descrições indicavam uma cúpula no topo. Muitos relatos indicavam que voavam em formação. Realmente, era uma informação muito específica.
Os cépticos sobre os UFOs/OVNIs, apontaram a afirmação de Twining de que não tinham sido recuperados destroços de um disco voador. É verdade que estava em boa posição para sabê-lo. Mas o que não sabemos é se Twining poderia ser capaz de relatar a Schulgen um despenhamento de um UFO/OVNI, se efectivamente tal coisa tivesse acontecido. Dizendo de uma maneira simples, se Schulgen não tivesse “necessidade de saber,” Twining não podia ter-lhe mencionado esse facto.
Legenda: “O fenómeno relatado é algo real e não é visionário nem fictício.”
Por outro lado, Twining afirmou que os UFOs/OVNIs, não eram aviões americanos secretos. Isso foi uma surpresa para Schulgen, que esperava saber que não havia nada neste assunto, que tudo estava sob controlo. Seria que Twining estava a esconder o facto de que os UFOs/OVNIs eram tecnologia secreta? É uma boa pergunta.
Na retrospectiva de mais de 50 anos, a resposta parece ser não. Simplesmente não há evidência credível de que os EUA não tivessem nenhum avião em 1947, experimental ou não, que pudesse duplicar as manobras relatadas dos discos voadores. De qualquer maneira, porque diria Twining a Schulgen para continuar a estudar os discos voadores se eram apenas aviões secretos americanos? Se havia boas razões para fazê-lo, não surgiu nenhuma.
2. O Memorando do FBI de 1949.
Em minha opinião, este documento de três páginas é tão extraordinário como o Memorando Twining. Em 31 de Janeiro de 1949, o FBI publicou um memorando sobre UFOs/OVNIs, denominado “Protecção de Instalações Vitais.” O documento secreto/classificado foi enviado ao director do FBI, J. Edgar Hoover, ao Exército G-2, ao Gabinete dos Serviços Secretos da Marinha e ao Gabinete das Investigações Especiais da Força Aérea. Menciona um encontro entre estes grupos a respeito de UFOs/OVNIs.
Eis a afirmação-chave do documento:
“Os serviços Secretos do Exército disseram, recentemente, que o “assunto dos ‘Aviões Não Identificados’ ou ‘Fenómeno Aéreo Não Identificado,’ também conhecido como ‘Discos Voadores,’ ‘Pires Voadores’ e ‘Bolas de Fogo,’ é considerado altamente secreto pelos oficiais dos serviços secretos do Exército e da Força Aérea.”
Isto passava-se um ano e meio após o início da era moderna dos UFOs/OVNIs. Entretanto, as fontes governamentais tinham dito ao público que este fenómeno era apenas uma combinação de fraudes, alucinações, aviões convencionais e erro de identificação de fenómenos naturais.
Então, por que é que este assunto foi considerado altamente secreto?
A resposta está inserida no próprio memorando. Por exemplo, menciona uma colisão prestes a acontecer de um avião comercial de cruzeiro com uma nave tipo “foguetão” (com janelas) a deslocar-se a uma velocidade estimada de 2,700 mph = 4345 km/hora. E o memorando explica, num tom mais grave, as invasões de espaços aéreos sensíveis, por objectos desconhecidos na vizinhança das instalações da Comissão de Energia Atómica, em Los Alamos, Novo México. O memorando declara que ocorreram em Dezembro de 1948 (nos dias 5, 6, 7, 8, 11, 13, 14, 20 e 28). As testemunhas destes “fenómenos inexplicáveis,” eram Agentes Especiais do Gabinete de Investigação Especial, pilotos de Linhas Aéreas comerciais, pilotos da Força Aérea, Inspectores de Segurança de Los Alamos e cidadãos privados.” Os avistamentos continuaram em 1949, pois um objecto semelhante foi avistado na área a 6 de Janeiro.
O memorando continua a explicar que as “observações recentes de que os fenómenos não identificados viajam a uma velocidade variável entre um mínimo de três milhas por segundo e um máximo de 12 milhas por segundo, ou a uma velocidade média calculada em sete milhas e meia por segundo, ou seja, 27,000 milhas = 43.452 Km por hora.” Mais ainda, “em duas ocasiões distintas foi indicada uma mudança da rota na vertical.” Por outras palavras, o fenómeno era capaz de manobrar a alta velocidade, e parecia estar focado em Los Alamos. O memorando declara que os relatos do aparecimento do objecto o indicavam como sendo tipicamente redondo, ocasionalmente em forma de diamante, “com uma área definida de fontes de luz,” e tinha luzes de rasto alongadas.”Em duas ocasiões, foram recebidos relatos de avistamentos de várias unidades.” Havia alguma especulação no documento de que os objectos eram de origem Soviética, mas não foi referida nenhuma prova ou evidência desse facto.
O memorando também refere “razões científicas” de como os objectos não podem ser meteoritos. “As únicas conclusões conseguidas são que não são fenómenos naturais ou objectos fabricados pelo homem. Não são conhecidas neste país quaisquer experiências científicas que pudessem dar origem a tais fenómenos.” Na terceira página, foi ventilada a ideia de “raios cósmicos,” embora sem nenhuma teoria ou evidência a apoiá-la.
Embora o memorando não afirme a Hipótese Extraterrestre (ETH), a tentativa para explicar os fenómenos de Los Alamos como sendo fenómenos naturais ou aparelhos construídos pelo homem não fornece nenhuma evidência real – única razão que poderia justificar estas explicações. Porque sempre que se tenta encontrar um fenómeno “nunca encontrado até agora,” ou “causado pelo homem”, apenas se chega ao vazio.
3. O Relatório dos Serviços Secretos da Força Aérea dos Estados Unidos, de 1951.
Este relatório descreve um encontro muito próximo e pessoal de um UFO/OVNI em 9 de Julho de 1951, com o piloto de um caça F-51 da Base da Força Aérea de Lawson, na Geórgia. O piloto, um combatente veterano da Segunda Guerra Mundial, descreveu bastantes pormenores, que ficaram registados no relatório.
“O objecto foi descrito como sendo plano no cimo e em baixo e, visto de frente, como parecendo ter os lados arredondados e ligeiramente oblíquos. Foi visto como um objecto que mergulhou por cima do avião, que era completamente redondo e girava no sentido dos ponteiros do relógio... “O objecto não parecia ser de alumínio. Só foi observado um. Era de cor branca como um sol. Não deixava rastos de vapor ou de combustão, ou de um sistema visível de propulsão. Foi descrito como a deslocar-se a uma velocidade tremenda... O piloto afirma que o objecto estava a 300 ou 400 pés = 91,44 mts ou 121,92 mts de distância do avião e pareceu ter 10 a 15 pés = 3,04 a 4,57 mts de diâmetro... O piloto afirma que sentiu turbulência no ar como um “impacto”, quando o objecto passou por cima do avião... O piloto é considerado pelos seus colegas como um observador, de julgamento amadurecido e altamente credível.”
Que comentário é necessário? O relatório diz tudo.
4. O Memorando de Chadwell, de 2 de Dezembro de 1952.
O ano de 1952 foi importante na história dos UFOs/OVNIs. Através dos Estados Unidos, o número de avistamentos aumentou e alguns deles foram encontros bem documentados pelos oficiais militares. No final de Julho, a Força Aérea deu uma conferência de imprensa a explicar que, embora alguns desses relatórios permanecessem sem explicação, não havia evidência de naves extraterrestres. Dentro do mundo classificado/secreto, os assuntos não estavam muito serenos.
H. Marshall Chadwell era o Director dos Serviços Secretos Científicos da CIA, e estava muito interessado neste problema. Neste memorando, ao dirigir-se ao Director da CIA, General Walter Bedell Smith, Chadwell escreveu:
“Nesta altura, os relatos dos incidentes convencem-nos que há alguma coisa a acontecer que tem de ter a nossa atenção imediata... Os avistamentos de objectos desconhecidos a grandes altitudes e a viajar a altas velocidades na vizinhança das principais instalações de defesa dos EUA são de tal natureza, que não podem ser atribuídos a fenómenos naturais, ou a veículos aéreos conhecidos.”
Esta afirmação requer um exame minucioso muito completo. Num outro comentário formulado por um oficial de alta patente, os UFOs/OVNIs são reais, provavelmente artificiais, provavelmente manobrados inteligentemente e, visivelmente, não são nossos. Não existe nesse documento uma consideração séria de serem Soviéticos.
Se não eram Americanos, nem Soviéticos, se não eram fenómenos naturais e se pareciam estar tecnológica e inteligentemente sob controlo, começamos a ficar sem opções viáveis. O memorando de Chadwell torna óbvio que ele entendeu isso mesmo. Compreensivelmente, recusou afirmar o que era óbvio.
5. O Relatório de Maxwell sobre a Emergência AFB de 1954.
Durante a década dos anos 50, as violações do espaço aéreo continuaram a surgir. Este relatório (denominado como “Emergência”) teve origem no centro de serviço de voo, na Base da Força Aérea de Maxwell e foi enviado ao Chefe do Comando da Defesa Aérea (ADC), no Colorado.
O relatório descreve a entrada no espaço aéreo de um “estranho objecto estacionário, de brilho variável” que se moveu rapidamente e depois voltou à posição original. A base enviou um helicóptero para investigar. A afirmação do piloto foi: “definitivamente não é uma estrela.” Muitos observaram o objecto a partir da torre, e um civil que estava na torre transmitiu que o tinha sob observação. O objecto tornou-se mais esfumado, emitiu uma ligeira luz avermelhada e desapareceu.
Podia ser uma estrela? Possivelmente. Mas o pessoal da época colocou a mesma questão e concluiu que não era.
De acordo com o relatório:
“...o piloto do helicóptero desejou salientar que o objecto era semelhante a um pires, estava estacionado a 2000 pés = a cerca de 700 mts de altura. E que poderia ser chamado para verificar qualquer frase do seu depoimento e agir como testemunha.”
Vale a pena notar que as cópias deste relatório foram enviadas à CIA, à Agência de Segurança Nacional (NSA), às altas Patentes do Exército e da Força Aérea e a cada um dos serviços militares.
6. A Intrusão na Base da Força Aérea de Minot, em 1966.
Aconteceu uma grande vaga de UFOs/OVNIs em todos os EUA, durante meados da década de 60. Isso originou muita publicidade, o interesse dos congressistas e o estudo eventual dos UFOs, na Universidade de Colorado, na esperança de esclarecer o assunto de uma vez por todas. Embora fosse suposto que a Comissão do Colorado tivesse acesso completo aos relatórios classificados/secretos sobre os UFOs/OVNIs, na prática recebeu poucos e, em vez disso, conduziu várias investigações ‘ad hoc’ sobre avistamentos, como se tornaram conhecidas.
Um dos muitos relatórios classificados/secretos, que escapuliram através das brechas, ocorreu na Base da Força Aérea de Minot, no Dakota do Norte, em 24 de Agosto de 1966. Nessa noite, um funcionário da base enviou uma mensagem de rádio sobre uma luz multi-colorida, muito alta no céu. Uma equipa foi ao local e confirmou a presença da luz original desconhecida, depois avistou um segundo objecto a passar em frente às nuvens. O radar da base apanhou o objecto, que estava a uma altitude aproximada de 100,000 pés (quase a 20 milhas = 32,187 Km). O objecto subiu e desceu várias vezes; de cada vez que descia, um oficial da força aérea encarregado dos mísseis, verificava que a sua transmissão pela rádio era interrompida pela estática, embora estivesse a 60 pés = 18,28 mts abaixo do solo. Finalmente o objecto desceu até ao nível do solo, a 10/15 milhas a sul da área. A Força Aérea enviou uma equipa de choque para investigar. Viram o objecto aparentemente no chão ou a pairar muito baixo. De acordo com o relato oficial:
“Quando a equipa estava a cerca de 10 milhas = 16 km do sítio da aterragem, a estática interrompeu o contacto pela rádio com a base. Cinco a oito minutos mais tarde, o brilho diminuiu, e o UFO/OVNI partiu. Outro UFO/OVNI foi avistado e confirmado pelo radar. O primeiro a ser avistado passou por baixo do segundo. O radar também confirmou isto. O primeiro ganhou altitude para norte, e o segundo pareceu desaparecer com um clarão vermelho.”
O incidente durou aproximadamente quatro horas e foi confirmado em três locais diferentes de armazenamento de mísseis.
7. Malmstrom AFB 1967
No princípio da manhã de 16 de Março de 1967, em Malmstrom AFB, em Montana, ocorreu um dos acontecimentos mais extraordinários da história dos encontros UFOs/OVNIs-militares. Sob o céu claro e escuro de Montana, um funcionário do Centro de Controlo de Lançamento de Voo (LCC) viu um objecto como uma estrela a ziguezaguear a grande altitude, por cima dele. Em breve, apareceu uma luz maior e mais próxima, que agiu de maneira semelhante. O funcionário chamou o seu NCO (Non commissioned Officer), e ambos observaram as luzes a piscar, através do céu, executando manobras impossíveis. O NCO telefonou ao Comandante, o Tenente Robert Salas, que estava debaixo do solo, no centro de controlo de lançamento.
Alguns minutos mais tarde, o NCO chamou-o de novo, a dizer que um UFO vermelho e brilhante estava a pairar no exterior do portão da frente. “O que quer que façamos?” perguntou o NCO. Salas disse-lhe para verificar se o sítio estava seguro enquanto ele telefonava ao posto de comando. “Senhor,” respondeu o NCO, “ agora tenho de ir, um dos rapazes ficou magoado.”
Antes que Salas pudesse perguntar qual era o ferimento, o NCO desligou. O homem, que não estava gravemente ferido, foi evacuado de helicóptero para a base. Salas acordou o comandante, o Tenente Fred Meiwald. Enquanto informava Meiwald, um alarme apagou-se na pequena cápsula, e ambos viram acender-se a luz de “No-Go = Não Seguir” de um dos mísseis. Dentro de segundos, outros mísseis ficaram sucessivamente desactivados.
À distância de 20 milhas = 32 km, nas Instalações de Lançamento de Echo-Flight, aconteceu o mesmo cenário. O Primeiro Tenente Walter Figel, Comandante da Tripulação de Combate, estava na sua estação, quando um dos mísseis Minuteman ficou na posição de “No-Go = Não Seguir”. Telefonou para o local dos mísseis e soube que um UFO/OVNI estava a pairar sobre o local. Como Salas, Figel duvidou da história, mas então mais dez ICBMs, numa rápida sucessão, relataram a condição “No-Go = Não Seguir”. Dentro de segundos, todos estavam desactivados.
As equipas de choque foram despachadas para as instalações de lançamento, onde as equipas de manutenção já estavam a trabalhar. Figel não contou nada às equipas de choque sobre o relato do UFO/OVNI. No entanto, depois da chegada deles, as equipas relataram que todo o pessoal da manutenção e da segurança tinha avistado UFOs/OVNIs a pairar sobre cada um dos locais.
Os mísseis ficaram desactivados durante a maior parte do dia. Nem a investigação da Força Aérea, nem os testes de laboratório da fábrica da Boeing, em Seattle, encontraram qualquer causa para o não funcionamento. De acordo com o engenheiro chefe da Boeing, “não havia explicação técnica que pudesse explicar o sucedido.” Os UFOs não fizeram parte desta análise.
8. Base da Força Aérea de Wurtsmith, em 1975
Durante Outubro e Novembro de 1975, aconteceu outra série extraordinária de violações do espaço aéreo, desta vez ao longo de toda a fronteira norte dos Estados Unidos, englobando várias bases militares, desde Montana até ao Maine. Também aconteceram incursões no espaço aéreo durante grande parte do ano de 1976. Nenhuma delas foi explicada até ao dia de hoje, de maneira convencional.
Na noite de 31 de Outubro de 1975, em Wurtsmith AFB, em Michigan, um funcionário dessa base viu o que pareciam ser as luzes a correr de um avião em voo baixo, possivelmente um helicóptero, perto do perímetro meridional da base, em direcção a ocidente. Uma luz apontava para baixo; duas luzes vermelhas estavam perto da traseira. O objecto estava silencioso ou muito calmo.
Um pouco mais tarde, outras testemunhas viram várias luzes perto do lado ocidental da base. As luzes voltaram para norte e pareceram perder altitude. A maioria não ouviu nada, embora alguns afirmassem ouvir um som semelhante a um helicóptero, mas que desapareceu rapidamente.
Então, três vezes no espaço de 11 minutos, a polícia de segurança do portão das traseiras relatou que um objecto sem luzes – possivelmente um helicóptero – entrou na base e pairou a uma altura muito baixa sobre a área de armazenamento das armas. O pessoal do radar detectou objectos (plural) em voo baixo, na área. No perímetro norte da base, um dos aparelhos acendeu as luzes, por pouco tempo.
Nessa altura, um avião de abastecimento Boeing KC-135 estava a voar em direcção à base. Foi-lhe ordenado interceptar e identificar o objecto ou objectos.
A tripulação seguiu o rasto do que parecia ser um único avião, durante cerca de 35 milhas, a sudeste da base. No entanto, em breve verificaram que estavam a ver dois objectos, aparentemente a comunicar um com o outro, com voos rápidos e irregulares. A observação do rasto por radar não conseguia durar mais de 10 segundos. Cada vez que tentavam aproximar-se, os objectos simplesmente afastavam-se.
A tripulação perdeu o rasto dos objectos entre as luzes dos barcos de pesca, na Baía de Saginaw, portanto regressaram. Eis como acaba a história, tal como foi contada pelo navegador ao historial da base, quatro anos mais tarde:
“No nosso regresso, apanhámos o UFO/OVNI novamente, na posição das oito horas. Demos a volta e ele começou a seguir-nos. Finalmente, demos a volta em direcção ao UFO/OVNI e ele rodou na direcção da área da Baía. Sei que isto pode parecer de doidos, mas eu avaliaria a velocidade do UFO/OVNI em aproximadamente 1.000 nós = 1.852 km/hora. Continuámos em direcção a Bay até que o RAPCON (radar) nos chamou outra vez e disse que eles estavam a detectar um UFO a 4 ou 5 milhas da costa, a viajar em direcção a ocidente. Indicaram-nos a posição do UFO/OVNI e dirigimo-nos para aí, mas, nessa ocasião, estávamos com o combustível em baixo e fomos forçados a regressar a Wurtsmith. Recordo que, durante a nossa aproximação final, tornámos a ver outra vez as luzes sobre a Área de Armazenagem do Armamento. A seguir à missão, discutimos o incidente e cerca de uma semana mais tarde, o Capitão Higgenbotham foi interrogado pelo OSI e foi-lhe imposto não discutir mais o incidente.”
Poderia ser um helicóptero de tecnologia avançada? Se sim, teria ultrapassado o que então era considerado o projecto do helicóptero mais avançado do mundo, o protótipo recentemente construído do Apache. Mas por mais espantoso que o Apache seja, mesmo ainda hoje não consegue reproduzir as acções relatadas dos intrusos não identificados em Wurtsmith. E, claro que isto ainda requer uma pergunta... quem foi responsável pelo sucedido?
9. O Encontro Espantoso sobre Teerão, em 1976.
Na noite de 18 de Setembro de 1976, a Força Aérea Iraniana foi envolvida num dos acontecimentos mais dramáticos da História Moderna sobre UFOs/OVNIs. Não só o caso é extraordinário em si mesmo, mas também a documentação: nomeadamente um relatório de quatro páginas da Agência dos Serviços Secretos da Defesa dos EUA.
A estranheza começou depois das 22:30 h, de 18 de Setembro, quando a torre de controlo, do Aeroporto de Mehrabad recebeu chamadas sobre um objecto desconhecido a pairar a 1.000 pés = 304,80 mts, na zona norte de Teerão. O supervisor da torre observou o objecto com binóculos, descrevendo que era rectangular ou cilíndrico. Segundo as suas palavras, ”os dois extremos pulsavam com uma cor azulada. À volta da secção central, havia uma luz pequena e avermelhada que se mantinha em círculo... Eu estava espantado.”
Chamou a Força Aérea Iraniana. A 200 milhas = 321,87 Km, em Shahrokhi AFB, o general Nader Yousefi, ordenou a um caça F-4 Phantom para investigar. Levantou voo à 01:30 h da madrugada de 19 de Setembro. De acordo com o piloto, o objecto era intensamente brilhante e “facilmente visível” à distância de 70 milhas = 112,65 Km. Quando chegou a 25 milhas náuticas (cerca de 29 milhas = 46,67 km), o seu aparelho “perdeu o controlo de todos os instrumentos e comunicações.” Ele anulou a intercepção e dirigiu-se para trás, até ao ponto onde o seu avião tornou a adquirir o controlo de todos os instrumentos.
O General tinha autorizado um Segundo caça F-4. Quando o segundo piloto alcançou a distância de 27 milhas = 43,45 KM, conseguiu uma imagem substancial no radar “comparável a um Boeing 707.” Nesta altura, O UFO/OVNI começou a afastar-se do F-4 à mesma velocidade. Era extremamente brilhante e emitia luzes estroboscópicas, de padrão rectangular. As cores alternavam entre o azul esverdeado, vermelho e laranja, embora a sequência fosse tão rápida que eram quase simultâneas.
Então o UFO/OVNI libertou um objecto brilhante, “avaliado em metade, ou um terço do tamanho aparente da Lua.” Ele dirigiu-se para o F-4 “a alta velocidade.” O piloto tentou atingi-lo com um míssil AIM-9, “mas, nesse instante, o painel de controlo do armamento desligou-se e ele perdeu todas as comunicações.” Procurando escapar, mergulhou e deu a volta, mas o objecto seguiu-o e deu uma volta dentro da sua própria volta. Depois regressou ao objecto principal “para uma junção perfeita.” Então, o piloto do F-4 tornou a obter o controlo das comunicações e do armamento.
Nessa altura, surgiu outro objecto, saído do objecto principal, que desceu rapidamente. A tripulação do F-4 observou a manobra, antecipando uma explosão. Em vez disso, pareceu pousar suavemente na Terra e lançar uma luz muito brilhante sobre uma área de cerca de 2 milhas = 3,21 km. A tripulação anotou a posição do objecto e regressou.
Antes de aterrar, voaram, várias vezes, em círculo sobre o Aeroporto de Mehrabad, recebendo interferências frequentes e perdendo as comunicações. Durante a sua aproximação final, a tripulação do F-4 viu um objecto em forma de cilindro, com luzes muito brilhantes em cada extremo e um pisca-pisca no meio. Interrogaram a torre, que retorquiu que não havia nenhum outro tráfego aéreo na área.
Na manhã seguinte, a tripulação do F-4 foi levada de helicóptero para a área onde se pensava que o UFO/OVNI tinha aterrado – o leito seco de um lago. Não viram nada, mas apanharam um sinal sonoro a ocidente dessa área. No ponto em que o som era mais alto, estava uma casa pequena. Aterraram e perguntaram aos residentes se tinham notado alguma coisa estranha na noite anterior. As pessoas mencionaram um barulho forte e uma luz brilhante, “como um raio de trovoada.”
Embora o memorando da DIA indicasse que seria enviada informação complementar, jamais quaisquer documentos militares posteriores vieram à luz. Os investigadores Barry Greenwood e Lawrence Fawcett declaram: “fontes de informação credíveis declararam que a pasta do caso Iraniano tinha cerca de uma polegada e meia de espessura, mas nenhuma confirmação da existência desse ‘dossier’ chegou de qualquer agência governamental com possível ligação a este caso.” No entanto, testemunhos gravados dos últimos anos dos Generais Nader Yousefi e Mahmoud Sabahat revelaram que o General John Secord, chefe da missão da Força Aérea dos EUA, em Orion, tivera um encontro para obter informações a alto nível das autoridades Iranianas e dos pilotos. (Nota da tradutora: Informação complementar deste caso disponível pelo MUFON em http://www.mufon.com/bob_pratt/classic.html)
Mais ainda, o Tenente General Abdulah Azarbarzin, da força Imperial Iraniana, admitiu perante jornalistas dos EUA que o encontro com o UFO tinha sido cuidadosamente documentado e enviado à USAF = Força Aérea dos EUA: “Foi pedido pelos EUA. Eles têm o procedimento de, se tivermos alguma informação sobre UFOs/OVNIs, trocarmos toda essa informação. E fizemo-lo.” Em 2005, um dos pilotos Iranianos, o General Parviz Jafari, confirmou os factos da caçada, numa entrevista concedida a Whitley Strieber e ao Dr. Roger Leir. (N. da tradutora: http://www.youtube.com/watch?v=zUjtrjJBowg)
Os analistas dos Serviços Secretos dos EUA acharam o caso espectacular. Uma avaliação da D.I.A. declara:
“Um relatório magnífico. Este caso é um clássico que preenche todos os critérios necessários para a validade do estudo do fenómeno UFO/OVNI: a) o objecto foi visto por várias testemunhas, em locais diferentes... e segundo pontos de vista diferentes. b) a credibilidade das testemunhas era boa (um general da Força Aérea, tripulações qualificadas, operadores de radar experientes). c) avistamentos visuais confirmados por radar. d) efeitos electromagnéticos semelhantes (EME) foram relatados por três aviões distintos. e) houve efeitos psicológicos em alguns dos membros da tripulação (isto é, perda da visão nocturna, devido ao brilho do objecto). f) foi exibida pelos UFOs/OVNIs uma facilidade extrema da sua capacidade de manobra.
Durante os anos 90, Lee Graham e Ron Regehr, do Aero-Jet, na Califórnia, confirmaram que o avistamento do UFO/OVNI sobre Teerão, foi acompanhado pelo satélite militar do Programa de Apoio à Defesa (DSP). Esse satélite é uma plataforma no espaço profundo, usada anteriormente para detectar o lançamento de mísseis balísticos. Pode distinguir aviões diferentes comparando a sua assinatura de raios infravermelhos com a base de dados de aviões conhecidos. Graham e Regehr obtiveram documentos impressos que mostravam que o DSP detectou um objecto anómalo no espaço aéreo Iraniano, nessa ocasião.
A pergunta óbvia é: Quem estava a manobrar o objecto sobre Teerão? Baseado em tudo o que é conhecido, não faz sentido declarar que era tecnologia Americana. Por que é que os Americanos iriam confrontar a Força Aérea de um aliado chave, dentro do seu próprio espaço? Nem houve nenhuma indicação, nos anos que se seguiram, de a União Soviética ter criado uma tecnologia responsável por isto – já para não falar sobre o facto de que, para os Soviéticos, ter comprometido os F-4 Iranianos sobre Teerão, em 1976, teria sido mais provocador do que se tivessem sido os EUA a fazê-lo. Realmente, depois do encontro, o governo Iraniano perguntou aos governos da URSS e dos EUA, se tinham procedido a um teste dos seus equipamentos militares. Nenhuma destas nações assumiu essa responsabilidade.
O verdadeiro problema é que este objecto superou claramente os caças a jacto construídos pelos Americanos. Alguma agência – ou civilização – foi responsável por esse facto.
10. O memorando Halt, de 1981.
O incidente da Floresta Rendlesham permanece entre os casos mais importantes de UFOs/OVNIs. Envolveu uma aterragem de uma nave desconhecida, perto de duas Bases Aéreas, na Grã-Bretanha, que foi avistada por muitos dos membros do pessoal militar, e é apoiada por documentação militar. Mais ainda, a área tinha um grande stock de armas nucleares, um facto que foi negado, durante anos, pelas autoridades militares e depois foi admitido ser verdadeiro. No entanto, o caso continua controverso, porque os proponentes não chegaram a acordo sobre certos detalhes-chave, e outros críticos declararam que eram explicações completamente prosaicas. Além de que a confusão provocou transtornos neste caso, sobre factos tão simples como as datas exactas em que ocorreu.
Uma das razões principais para estes equívocos no primeiro documento militar associado ao caso, preparado pelo Comandante da Base, o Tenente Coronel Charles Halt, foi ter escrito de memória, várias semanas depois, e deixou muita coisa de fora, além de mencionar datas incorrectas em relação aos acontecimentos principais. No entanto, os pormenores incríveis fornecidos por muitas testemunhas, muitos dos quais estão muito bem confirmados, torna claro que algo de extraordinário aconteceu.
Bastante cedo, na manhã do dia 26 de Dezembro de 1980, dois polícias da patrulha de segurança da Força Aérea dos Estados Unidos, viram luzes que não eram habituais, fora do portão preto da base da RAF Britânica de Woodbridge. Suspeitando que se tratava de um aparelho com problemas, três patrulhadores receberam ordens de ir lá a pé, investigar.
De acordo como o relatório de Halt (que descreveu o avistamento na noite seguinte), relataram ter visto na floresta um objecto triangular, brilhante, com cerca de 9 pés = 2, 74 mts de comprimento e 6 pés = 1,80 mt de altura, emitindo uma luz branca intensa. Tinha “uma luz pulsante vermelha no topo e uma sucessão de luzes azuis, na parte de baixo.” O objecto ou estava a pairar, ou permanecia de pé, apoiado em pernas curtas.
Quando a patrulha se aproximou, o estranho objecto manobrou vagarosamente através das árvores até uma quinta próxima, causando perturbação nos animais. Depois desapareceu rapidamente no céu. Uma hora mais tarde, o objecto foi avistado no céu. No dia seguinte, os investigadores viram três marcas no chão, indicando possíveis depressões das pernas de aterragem. Mais tarde, à noite, Halt e outros homens testemunharam pessoalmente uma “luz vermelha como o sol”, a mover-se e a pulsar. Eis a descrição dele:
“Até certo ponto, parecia que lançava partículas brilhantes e depois fragmentou-se em cinco objectos brancos separados e desapareceu. Imediatamente a seguir, três objectos como estrelas foram avistados no céu, dois objectos a norte e um a sul, e todos eles estavam a 10 graus, no horizonte. Os objectos moviam-se rapidamente em movimentos angulares abruptos e exibiam luzes vermelhas, verdes e azuis... O objecto a sul foi visível durante duas a três horas e, de vez em quando, enviava um feixe de luz para baixo.”
Também existe uma gravação extraordinária de 18 minutos (que abrange várias horas), feita enquanto Halt e a sua equipa investigavam durante a segunda noite. Mais ainda, os pilotos principais da base aérea envolvidos foram todos entrevistados, e no essencial as suas histórias eram concordantes.
Um facto importante que veio à superfície é que, enquanto um objecto pairou acima de Halt e dos seus homens, um outro pairou sem movimento e começou a emitir feixes de luz para baixo em direcção à floresta e à RAF de Woodbridge.
Segundo as palavras de Halt,
“Parecia que dançava no céu e enviava feixes de luz para baixo … caindo em lugares diferentes da base … O pessoal da área de armazenamento de armas e de outros lugares da base, relataram luzes …..... [o feixe] de luz permanecia 5 a 10 segundos e desaparecia, tão abruptamente como tinha chegado…”
Não só isto como também em 1993, Halt disse aos investigadores privados que os feixes tinham penetrado o aço, a terra e o betão dos bunkers endurecidos que continham armas nucleares, secretamente guardadas na base. Dada a história dos UFOs/OVNIs, e a proximidade de armas nucleares, claro que é plausível. Finalmente, os feixes alcançaram as áreas de segurança onde as armas estavam guardadas, “afectando adversamente o ordenança,” de acordo com as palavras de Halt.
Há muito mais sobre este acontecimento, que recebeu vários tratamentos como foi bem pormenorizado na capa do meu livro, UFOs and the National Security State: The Cover-Up Exposed, 1973-1991.
Com o passar dos anos, a importância do incidente da Floresta de Rendlesham continuou a aumentar, não apenas como um relato genuíno de um encontro com um UFO/OVNI, mas como um dos mais significativos de sempre. O Ministro da Defesa Britânico, seguindo a sua política de silêncio a respeito dos UFOs/OVNIs, há muito estabelecida, afirmou secamente que o caso de Rendlesham não era “significativo para a defesa.”
11. O Encontro com a Guarda Costeira dos EUA, em 1988.
[Nota de Richard Dolan: Este excerto é tirado directamente do meu livro, UFOs and the National Security State: The Cover-Up Exposed, 1973-1991. As citações estão disponíveis no livro.]
Na tarde do dia 4 de Março de 1988, perto de Eastland, Ohio, não longe da fronteira da Pennsylvania, Sheila Baker e os filhos dirigiam-se para casa, ao longo da margem do Lago Erie. Às 18:30 h, um objecto grande e brilhante, a pairar sobre o lago, chamou a sua atenção. Parecia quase um dirigível. Em cada extremo apareciam luzes brilhantes e todo o conjunto tinha um movimento que parecia um serrote. A mais brilhante das duas luzes, era estroboscópica. Ao chegar a casa, persuadiu o marido, Henry, a acompanhar, a ela e as crianças, à praia.
Ao chegarem à margem do Lago Eire, todos viram o objecto. Era enorme, de cor cinzenta como uma arma - mais tarde Henry disse que “era maior do que uma bola de futebol, se comparada através do comprimento de um braço.” Não fazia qualquer som que pudessem ouvir. No entanto, fazia com que o gelo do lago provocasse estrondos e quebrasse, talvez devido a gerar calor. Então o objecto começou a circular vagarosamente sobre parte do lago, tendo chegado a cerca de ¼ de milha = 400 mts de altitude.
Sentindo-se nervosos, regressaram e observaram o objecto a partir de casa deles. A partir daí, viram-no descer; luzes vermelhas e azuis piscavam ao longo da parte inferior. No entanto, mais interessante ainda, eram cinco ou seis luzes triangulares de cor amarelo brilhante, que se destacavam ao lado dele. Essas luzes pairavam à volta do objecto principal e depois lançavam-se e ziguezagueavam no céu nocturno, a altas velocidades. Henry pensava que esses pequenos objectos eram mais pequenos que os Cessna de um lugar e “cruzavam 50 milhas = 80 km que se estendiam sobre o gelo, num estalar de dedos.” Aproximaram-se da costa. Deram voltas de ângulos rectos (90º) e dispararam para cima. Algumas passagens eram efectuadas sobre as proximidades da Central Nuclear de Perry. Um dos vizinhos dos Baker também viu a exibição, e tentou fotografar o objecto, mas sem sucesso.
Em resposta a várias chamadas telefónicas, dois membros da Guarda Costeira, o marinheiro James Powers e o oficial John Knaub, conduziram até à praia. Ao chegarem, os objectos triangulares aproximaram-se deles, levando-os a desligar os faróis do seu veículo. Os homens continuaram a observar os triângulos a voar sobre o lago, um dos quais acelerou em direcção a eles, depois dirigiu-se para leste, ampliou-se e colocou-se ao lado do objecto maior. Os Baker regressaram à praia, e ouviram o pessoal da Guarda Costeira comunicar pela rádio com a base, em Detroit. O que ouviram foi:
“ … tenham em conta que o objecto parece estar a aterrar no lago … Há outros objectos a mover-se à volta dele. Saibam que esses objectos mais pequenos se deslocam a grande velocidade. Não há barulho de motores e estão muito, muito baixo. Saibam que não são planetas.”
Ao mesmo tempo, 15 milhas = 24,14 Km a sudeste, não longe da Central Nuclear de Perry, Cindy Hale estava a passear o cão. Viu uma luz triangular a pairar sobre ela e o cão começou a uivar. O triângulo emitiu uma sequência de luzes multicoloridas e ela respondeu acendendo e apagando o seu isqueiro. Isso passou-se durante 30 minutos, até que o triângulo acelerou e partiu sem qualquer som.
Tim Keck, outro residente local, estava a observar as estrelas através do seu telescópio, quando viu um objecto triangular brilhante. Felizmente tinha a máquina fotográfica com ele – uma 110 Instamatic barata, que recebeu de uma promoção de Burger King, mas que funcionava. Tirou uma foto do objecto antes dele se mover silenciosamente, para lá do horizonte, apanhando metade dele antes de ter desaparecido da focagem. Devido à natureza da máquina fotográfica, parte do objecto apareceu para além da margem formal do negativo.
Entretanto, voltando ao lago, a nave grande estava quase directamente sobre o gelo. Henry Baker continuou a escutar Powers e Knaub a relatar à base: “deviam saber que o objecto está agora a emitir luzes sobre o lago e estão a tornar-se de cores diversas.” O gelo produzia o som de estar a quebrar, tão alto que Powers e Knaub tinham de gritar para serem ouvidos. De repente, os triângulos regressaram, recolhendo-se, um a um, dentro do objecto. O gelo fazia cada vez mais barulho e de repente, as luzes apagaram-se, o gelo cessou de fazer barulho, e tudo ficou num “silêncio de morte.” Depois de outros 30 minutos, o objecto não podia ser visto. As testemunhas puderam apenas assumir que ele tinha desaparecido por baixo da superfície do lago.
Na manhã do dia 5, pedaços de gelo de tamanho pouco comum foram vistos onde o objecto tinha estado. Nesse dia, representantes da Guarda Costeira disseram aos Baker que tinham sido instruídos pelo Exército e pela NASA (a quem Sheila tinha telefonado) para não investigarem mais o assunto, nem levar o cortador de gelo ao lago para investigar o gelo. O assunto “não era adequado para eles.” Disseram que toda a informação tinha sido enviada para Wright-Patterson AFB e para uma instalação em Detroit. Por outro lado, Wright-Patterson recusou confirmar ou negar qualquer interesse no assunto.
A Guarda Costeira elaborou o Relatório do Incidente a 5 de Março de 1988, descrevendo o acontecimento com pormenores concisos. O relatório declarava que um grande objecto tinha aterrado a um quarto de milha da central de energia nuclear e que tinha...
“… dispersado 3 a 5 objectos voadores mais pequenos que estiveram a mover-se à volta, rapidamente. Esses objectos tinham luzes vermelhas, verdes, brancas e amarelas que piscavam intermitentemente. Também tinham a capacidade de parar e pairar, a meio do voo.”
Durante a noite de 5 de Março, Sheila Baker viu o que pensou ser o mesmo UFO/OVNI, a pairar sobre o lago, apenas a uma altura mais elevada do que na noite anterior. A Guarda Costeira enviou alguns homens que chegaram demasiado tarde e não viram nada. Então a Guarda Costeira contactou o Aeroporto de Lost Nation, em Willoughby, Ohio. O operador da torre de controlo disse-lhe que “as duas luzes brilhantes” eram Vénus e Júpiter, que estavam quase em alinhamento. As luzes a piscar eram “gases na atmosfera.” Se bem que Baker não tenha mencionado duas luzes brilhantes, mas um objecto grande. A Guarda Costeira escreveu prontamente um relatório do encontro original, deixando todo o assunto descansar. A série completa dos acontecimentos foi depois desacreditada no Cleveland Plain Dealer e noutros jornais.
Seja qual for a causa dos avistamentos de 5 de Março, atribuir os acontecimentos de 4 de Março a Vénus e Júpiter, vai para além das fronteiras da credibilidade. Para seu crédito, o MUFON continuou a investigar o avistamento, chegando a colocar um anúncio classificado no jornal à procura de testemunhas. A táctica resultou; outros adiantaram-se, incluindo Cindy Hale, Tim Keck e outros. Todas essas pessoas descreveram a actividade UFO/OVNI dessa noite entre as 22 h e as 22:30 h, e todos mencionaram os triângulos. Bruce Maccabee analisou a foto tirada por Keck, determinando que era uma imagem real e um objecto inexplicável. Anos mais tarde, Sheila e Henry Baker permaneceram determinados sobre o que tinham visto.
Surpreendentemente, de acordo com o investigador de UFOs/OVNIs Philip Imbrogno, sediado no vale do Hudson, vários objectos triangulares foram vistos por múltiplas testemunhas, perto da instalação nuclear de Indian Point, no Estado de New York, em 4 de Março de 1988 – isto é, na mesma noite dos avistamentos no Ohio. No entanto, não aconteceu muito a seguir, e pouco foi sabido desse incidente.
Devido ao calibre das testemunhas, o documentário oficial da evidência, da evidência fotografada e da natureza intrínseca do acontecimento em si mesmo, o Incidente do UFO/OVNI do Lago Eire deve ser considerado um dos mais constrangedores da História Moderna. Toda a evidência aponta para a conclusão de que um enorme objecto, operado inteligentemente, desceu sobre o gelo do Lago de Eire; que esse objecto libertou vários triângulos brilhantes que voaram para além da capacidade de qualquer avião conhecido; que esses triângulos estavam interessados nas instalações nucleares; que interagiram com as testemunhas que os observaram; que os oficiais da Guarda Costeira estavam convencidos que o acontecimento era algo importante; que a própria Guarda Costeira foi impedida de prosseguir na investigação deste incidente pelas Agências Superiores; e que o assunto foi invalidado com sucesso pelo aparelho da segurança nacional e pela comunicação mediática/Mídia.
12. UFOs/OVNIs sobre a Bélgica, 1989-1990.
Desde o final de 1989 até à Primavera de 1990, foram registados na Bélgica, centenas de relatos de objectos luminosos, muitas vezes descritos como grandes naves de forma triangular. Milhares de testemunhas viram um ou mais UFOs/OVNIs triangulares, luzes brilhantes a piscar no centro e a voar a baixa altitude.
A Força Aérea da Bélgica enviou dois F-16 para interceptar os UFOs/OVNIs, que foram detectados por várias estações de radar da NATO; os pilotos dos jactos também detectaram os objectos no radar e, por vezes, viram-nos. Mas os F-16 – que estão entre os aviões a jacto melhor preparados do mundo para interceptar – foram completamente ultrapassados pelos objectos triangulares. Estes, não só podiam acelerar a velocidades incríveis, não só podiam voar a velocidades muito baixas como 30 milhas/hora = 48 km hora, mas podiam mudar de altitude quase instantaneamente. Num local, por exemplo, o radar da Força Aérea Belga, seguiu o rasto de um UFO/OVNI que desceu aproximadamente 4.000 pés = 1.219 mts num segundo. É quase uma milha = 1, 609 km. O Chefe das Operações, Coronel Wilfried De Brouwer, acrescentou: “havia lógica nos movimentos do UFO.”
A quem pertenciam esses triângulos? Apesar do facto de não existirem oficialmente aviões perfeitamente triangulares, muitos suspeitaram ser um projecto secreto Americano. Claro que os Belgas perguntaram e receberam a resposta de que "Nenhuma aeronave secreta da Força Aérea dos EUA estava a ser usada" durante o período em questão. A frase parece estar construída de maneira cuidadosa. É difícil descobrir a verdade nela.
O Major P. Lambrechts, da Força Aérea Belga, não parecia pensar que fossem aviões Americanos. O seu “Relatório de Observação de UFOs/OVNIs durante a Noite de 30-31 de Março de 1990” inclui uma cronologia pormenorizada de acontecimentos e afastamento de algumas hipóteses alternativas, incluindo a tese de serem aviões. De acordo com Lambrechts:
“As velocidades medidas na ocasião e as variações de altitude excluíram a hipótese de que aviões poderiam ter sido confundidos com os UFOs/OVNIs observados. As movimentações lentas durante as outras fases diferem também das movimentações dos aviões... Embora velocidades maiores do que a barreira do som tenham sido medidas várias vezes, não se notou nenhum estrondo. Também não pode ser dada nenhuma explicação sobre esse facto.”
Se esses triângulos fossem Americanos, a Força Aérea dos Estados Unidos não fez nenhum pedido ao Governo Belga para esse tipo de missão, como teria sido necessário fazer. No entanto, basicamente, ainda permanece um desafio para explicar as características de desempenho dos UFOs da Bélgica.
E o que se passa hoje em dia?
Nas últimas décadas, tornou-se difícil obter relatórios de UFOs/OVNIs das agências governamentais dos EUA. Isso não significa que os militares dos EUA não tenham tido encontros com UFOs/OVNIs, apenas não surge facilmente documentação pormenorizada sobre eles.
Por exemplo, temos conhecimento de um avistamento UFO/OVNI que aconteceu em 1996, na Base da Força Aérea de Griffis. O investigador John Greenwald, enviou um pedido FOIA para o Comando Espacial dos Estados Unidos na Base Aérea de Peterson, e recebeu um relatório pouco espesso, denominado "Resumo de Avistamentos Pouco Habituais". Os avistamentos cobriam apenas 1995 e 1996, todos relatados de forma concisa. Logo no início de Griffis afirma-se:
“16 Maio 96, 0800Z. Recebida uma chamada sobre avistamento de UFO, em Griffis AFB NY. Quatro homens alistados observaram uma luz circular alaranjada precisamente acima da linha das árvores ESE do seu local. Pairaram durante cinco minutos e depois desapareceram. Relatado via CONR/NEADS.”
O encontro de Griffis não é, de modo algum, espectacular. No entanto prova, como Greenwald apontou, “que a Força Aérea [continua a manter] um interesse e ainda observa os fenómenos UFO/OVNI.”
Muito mais interessante foi a tentativa falhada dos caças F-16 interceptarem UFOs/OVNIs, perto de Washington, D.C., durante a noite de 25/26 de Julho, de 2002. Muitas testemunhas telefonaram para as suas rádios locais sobre esse assunto, e o incidente foi relatado brevemente no The Washington Post. Falei cara-a-cara com as primeiras testemunhas conhecidas, o polícia reformado Gary Dillman, que me contou ter visto 4 jactos F-16 a perseguir um único UFO. Mais tarde, outras testemunhas viram 2 caças F-16 a perseguir um objecto azulado que manobrou facilmente e que se distanciou dos F-16.
Um porta-voz da Força Aérea disse ao The Washington Post, que tinha sido detectado um UFO no radar da Força Aérea, mas que desapareceu. Contudo, a Força Aérea comentou alegremente: “há uma série de cenários, mas não sabemos o que era." Claro, pode ser-se curioso!
Não há documentação oficial disponível sobre este encontro, mas aconteceu, como sempre. Esse encontro não era da década dos anos de 1950, mas da era pós 9/11. Um objecto de capacidades extraordinárias iludiu os interceptores na vizinhança da capital da nação, apenas com uns meros sussurros da comunicação social do país.
Claro que não são só os militares dos EUA que encontram UFOs/OVNIS. Esse tipo de acontecimento ocorre em toda a parte. O meu livro mais recente, UFOs and the National Security State: The Cover-Up Exposed, 1973-1991, fornece muitos detalhes.
O relato precedente deve deixar claro que os UFOs/OVNIs têm sido uma linha consistente e significativa da nossa "História oculta." Eles têm atraído muita atenção dos militares de todo o mundo, em particular os militares dos Estados Unidos. E, no entanto, este interesse poderoso é igualado por uma recusa absoluta de reconhecer o fenómeno publicamente.
Não é preciso ser um génio político para reconhecer que há uma discrepância. Nem para iniciar o processo de preencher os espaços em branco: de que há uma razão para acreditar que uma tecnologia, que não pertence a nenhum poder terrestre conhecido, tem estado operacional, na nossa civilização, e que pelo menos algumas pessoas em posições de autoridade estão bem cientes desse facto.
Se quiser saber um pouco mais sobre o livro em si, eis o link para ler a Introdução ao Introduction to A.D. After Disclosure = Introdução a A.D. Após a Divulgação. Está disponível, em língua Inglesa, através deAmazon.com. Ou pode encomendá-lo através da sua livraria local.
Como sempre, obrigado por considerar uma compra do livro através do botão abaixo para Keyhole Publishing. Será enviado directamente da editora assinado pelo co-autor Richard Dolan, e receberá um MP3 grátis da canção "Need-to-Know: The UFO Disclosure Song," actualmente disponível no iTunes.
Tradutora: Maria Luísa de Vasconcellos
No comments:
Post a Comment