Monday, July 21, 2014

ENTREVISTA COM SER UM EXTRATERRESTRE -- CAPíTULO CINCO

ENTREVISTA COM SER UM EXTRATERRESTRE -- CAPíTULO CINCO

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N. da Tradutora - A informação dada pelo autor nas notas de rodapé é muito completa, mas muito extensa. Irei traduzindo aos poucos e colocndo no fim de cada capítulo, na medida da minha
disponibilidade de tempo.


ENTREVISTA COM UM SER EXTRATERRESTRE
Baseado nas Notas Pessoais e nas Trancrições das Entrevistas fornecidas por Matilda O'Donnell MacElroy
Edição e Notas Complementares de:Lawrence R. Spencer




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Capítulo Cinco
Lições de Leitura
(NOTA PESSOAL DE MATILDA O'DONNELL)


"Comecei as lições de leitura com as primeiras páginas de um livro escolar que foi usado para ensinar os filhos dos pioneiros em 1800, nas fronteiras da América. Chamava-se "McGuffey's Eclectic Reader, Primer Through Sixth". 40 (Nota de Rodapé)

Dado que sou enfermeira e não professora, o períto de línguas que me deu os livros, deu-me também informação completa – um curso que demorou um dia inteiro – sobre a maneira como usar os livros para ensinar o ser extraterrestre. Disse que a razão específica para ter escolhido esses livros, é que eles tinham sido usados durante três quartos de século para ensinar a ler quatro quintos das crianças americanas em idade escolar. Nenhuns livros tinham tido tanta influência sobre as criança americanas durante tanto tempo.

O curso de educação McGuffey começa pelo "The Primer", apresentando as letras do alfabeto para serem memorizadas, em sequência. Depois as crianças eram ensinadas, passo a passo, a usar os blocos de construção da língua para formar e pronunciar palavras, usando o método fonético 41 (Nota de Rodapé), que envolvia ensinar as crianças a ligar os sons às letras. Cada lição começa com um estudo de palavras usadas nos exercícios de leitura e com marcas para mostrar a pronúncia correcta de cada palavra. Descobri nos livros "First and Second Readers", histórias com gravuras de crianças no seu relacionamento com os membros da família, professores, amigos e animais. Os livros "Third, Fourth, Fifth and Sixth Readers" ampliavam essas ideias. Uma das histórias que recordo era “A Viúva e o Mercador.” É uma espécie de conto moral de um mercador que se torna amigo de uma viúva necessitada. Mais tarde, quando a viúva prova ser uma pessoa honesta, o mercador dá-lhe uma bela prenda. Os livros não ensinam necessariamente a acreditar na caridade praticada apenas por pessoas ricas. Todos sabemos que a generosidade é uma virtude que deve ser praticada por todos.

Todas as histórias eram muito íntegras e davam muito boas explicações para ilustrar virtudes como honestidade, caridade, frugalidade, trabalho afincado, coragem, patriotismo, reverência a Deus e respeito pelos pais. Pessoalmente, recomendaria este livro a todos!

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Também descobri que o vocabulário usado no livro era muito avançado comparado com o número relativamente limitado que as pessoas usam habitualmente, hoje em dia. Penso que perdemos muito da nossa língua desde que os Pais Fundadores escreveram a Declaração da Independência, há cerca de 200 anos!

Tal como fui instruída, sentei-me junto de Airl, no gabinete de entrevistas, lendo em voz alta para ela, cada um dos livros, sucessivamente de acordo com a séria de McGuffey's Readers. Cada um dos livros tinha ilustrações simples e excelentes das histórias e dos assuntos que ensinavam, embora estivessem muito desactualizadas de acordo com os padrões actuais. No entanto, Airl parecia compreender e absorver cada letra, som, sílaba e significado, à medida que avançávamos. Continuamos com este processo durante 14 horas por dia, durante 3 dias consecutivos, sem interrupção, excepto para algumas refeições ligeiras e para uns intervalos de descanso da minha parte.

Airl não fazia intervalos de descanso para nada. Não dormia. Em vez disso, permanecia sentada na sua cadeira estufada, no gabinete das entrevistas, revendo as lições que tinhamos dado. Quando regressava, de manhã, para começar onde haviamos terminado, ela já tinha memorizado as lições anteriores e seguia muito bem as páginas seguintes. Este padrão continuou a acelerar-se até que se tornou inútil continuar a ler para ela.

Embora Airl não tivesse boca para falar, ela era capaz de “pensar” para mim em Inglês. No fim destas lições, Airl era capaz de ler e estudar sozinha. Mostrei-lhe como usar um dicionário para procurar palavras novas que ela encontrava. Depois disso Airl consultava o dicionário continuamente. A partir daí a minha função era agir como um correio,pedindo que os livros referenciados por ela fossem trazidos numa corrente contínua.

A seguir, o Sr. Newble trouxe a colecção da Enciclopédia Britânica. 42 (Nota de Rodapé). Airl gostava deles, especialmente por terem muitas gravuras. Depois, pediu mais livros de gravuras e livros de referência com fotosgrafias e desenhos, porque era mais fácil de compreender o significado, se ela pudesse ver uma imagem da coisa que estava a estudar.

Penso que nos seis dias seguintes foram trazidos livros de bibliotecas de todo o país, porque não foram mais do que alguns dias que ela demorou a ler várias centenas deles! Estudava cada assunto que eu podia imaginar, e muitas outras coisas técnicas, como astronomia, metalurgia, engenharia, matemática, vários manuais técnicos, etc.

Mais tarde, chegou a ler livros de ficção, novelas, poesia e os clássicos da literatura. Airl também pediu para ler um grande número de livros de assuntos como humanidades, especialmente História. Penso que no mínimo leu 50 livros de História Humana e de Arqueologia. Claro que me certifiquei que ela lesse a Bíblia Sagrada, que leu de fio a pavio, sem fazer comentários ou perguntas.

Embora continuasse a permanecer junto a Airl durante 12 a 14 horas por dia, muito desse tempo na semana seguinte foi passado sem haver muita comunicação entre nós, excepto para qualquer pergunta ocasional que ela me fizesse. Habitualmente as perguntas eram para lhe dar um sentido do contexto ou para esclarecer algo do livros que ela estava a ler.

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Surpreendentemente, Airl disse-me que os seus livros favoritos eram “Alice no País das Maravilhas.”43 (Nota de Rodapé), "Don Quixote de la Mancha" 44 (Nota de Rodapé) and "As Mil e Uma Noites” 45 (Nota de Rodapé).  Disse que os autores dessas histórias demonstravam que era mais importante ter um grande espírito/imaginação do que habilidades ou poder.

Não consegui responder a uma série de questões, por isso consultava as pessoas da sala contígua a pedir repostas. Muitas delas tinham a ver com assuntos técnicos ou científicos. Algumas dessas perguntas eram sobre humanidades. A subtileza e a profundidade da compreensão complexa  das suas perguntas mostrava que ela tinha um intelecto muito penetrante.

Pessoalmente, penso que ela já tinha muito mais conhecimento sobre a cultura e a História da Terra do que desejou admitir, quando começamos. Em breve eu iria descobrir quanto mais.”

A continuar … Capítulo Seis

Notas de Rodapé:

40 (Nota de Rodapé)
41 (Nota de Rodapé)
42 (Nota de Rodapé)
43 (Nota de Rodapé)
44 (Nota de Rodapé)
45 (Nota de Rodapé)

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